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terça-feira, setembro 11, 2007

Paixão é um retrovírus.

Acabei de ler um comentário de meu amigo Michell, em seu blog, também aqui no blogger(http://www.michellarcari.blogspot.com) sobre estar infectado pelo vírus do amor e suas consequências no organismo. Ele usou como agente causador um "retrovírus ainda não identificado". Acho que retrovírus foi um emprego cabível e ao mesmo tempo exagerado, já que retrovírus utiliza e adere a célula hospedeira ,levado por algum meio, até uma célula compatível e liberando suaz enzimas virais dentro da celula hospedeira. Ao mesmo tempo o exagero que me refiro é porque o mesmo não pode ser combatido devido o fato de sofrer mutação constante.
Quem foi um bom aluno de biologia(que no meu caso não era tão ruim assim nem tão burro) sabe que a liberação de um retrovírus formado dentro da célula saem dela num processo Lítico (quando, devido ao grande número de vírus, a célula se rompe) ou lisogênico (os vírus saem da célula sem rompê-la).
No Lítico o vírus invade o organismo interrompendo sua funções normais e no Lisôgenico o DNA viral já torna-se parte da célula infectada. O problema é que depois de infectada as células continum suas operações normais sem saberem que levam consigo um novo vírus que vai alterar totalmente suas estruturas básicas.

Como prevenção , meu amigo Michell sugere que quanto mais exposto ao vírus mais imune a pessoa se torna.Assim sendo cita somente o tempo com melhor remédio.
Sei que posso ter começado a falar de um assunto meio técnico, fugindo do real significado da alusão feita pelo MI, mas gostei da comparação feita. Em se tratando de amor fica complicado eu falar no assunto com um pouco de background. Tudo que sei está baseado nos sentimentos de terceiros e na observação também de terceiros. Não vou culpar ninguém por isso. Eu sou responsável pelas coisas que me acontecem.
As demais coisas que nos atingem sempre vão ser consequência de nossos atos, na maioria inconsequênte e inpensado, irracional e levado pelo passional.
Não acho que temos que ser mais realistas e esquecer dos sentimentos do dia-a-dia, mas que um pouco de desapego das emoções possa nos ajudar a ver as situações como elas realmente se apresentam.

A realidade é crua e nua, não sendo nada legal, às vezes, nem muito bom. Embora hajam momentos ótimos em nossas vidas ( eu particularmente tenho tentado ver somente os ótimos)que se pesados somam-se em maior número nos dando uma sensação de prazer.
Mas a realidade não é assim. Fantasiamos e jogamos desejos demasiadamente nos outros. Nossa vontade de querer que algo aconteça de nossa maneira é, quase sempre, a causa mor de nossos sofrimentos. Essa vontade não levada em consideração as múltiplas diversidades que uma pessoa apresenta, pode nos fazer querer que algo saia do jeito que queremos. Então quando as pessoas ou a situação reage contrária ao seu desejo, vem toda uma série de infelicidades que alguém possa experimentar. Dessa frustação de não realização sempre tendemos a achar culpados.

Mas você pode estar se perguntando porque eu estou falando de tudo isso e onde fica o assunto "Paixão", descrito pelo meu amigo, MI, em seu blog? Bom, esse é o problema. Não há um concenso nesse assunto. Ele é tão diversificado como os dias de nossas vidas e as várias situações que nos apresentam, exigindo de nós uma ação de correção, interação, mudança e integração. Acontece que não damos muita atenção à realidade e nem nos responsabilizamos pelos nossos atos diários, porque eles doem e nos causam sofrimento.

Mas, se fosse falar tudo que penso e como vejo o mundo na minha perspectiva, iria levar um livro todo, já que não consigo ser muito coeso e tendo a fugir de foco. Mas tenho somente minha vida, enquanto vivo no mundo material, para mudar tudo que está ao meu redor.

Quanto à cura para o retrovírus do amor citado pelo MI, fica mais complicado ainda. Mas, digo ao Mi que se deixe conhecer a cada dia, sinta a vida e os acontecimentos que lhe apresentar de uma maneira de aprendizado. Não tente entender os outros, procure antes se ver e se entender. Procure se descobrir. Procure descobrir tudo que lhe agrada e degrada, tudo que lhe causa alegria e sofrimento, ódio e , principlamente, amor.

Mas lembre de uma coisa: "tão mais livre é uma pessoa quanto menos ela depender de fatores externos ou de outras pessoas para sentir-se bem"

Te amo.....