Há vários motivos pelos quais nós escolhemos nossos desejos. Ás vezes, optamos pelos mais complicados e os que nos fazem lamentar sobre os mesmos. Os fatos no ocorre como sempre, como os demais. Somos nós que colocamos muito valor às coisas, aos acontecimentos, às pessoas e às consequências.
Se soubéssemos apenas nos colocar dinate do mundo de uma forma meio neutra, muita coisa deixaria de acontecer. Muito valor não seria criado e muitas coisas seriam barradas, exterminadas e nem inicializadas. Haveria algum problema nisso tudo? Deixaria de ter essa sensação que pode ser tanto boa quanto ruim, marabilhosa quanto dolorosa.Ou não. Aí, seria tudo bem. Ou não, também. Como sempre!
Nossa inconstância não nos deixa em paz e nem nos faz ficar "de boa" com nossas conquistas. Quando conquistamos não ficamos bem porque vem o pensamento que será finito a sensação na qual estamos, aí começa o mar de dúvidas, angustias e ansiedades. Todas motivadas pelo nosso desejo de posse e de querermos que as coisas saiam e sejam sempre do nosso jeito. Sempre!
Quando conseguimos algo, deixamos de sentir a ansiedade de lado e damos lugar ao prazer. Mas é só passar um tempo depois que estamos lá de novo, no mesmo sentimento de vazio e incompletude.
Porque não estamos satisfeitos nunca? Que acontece? Que realmente é preciso para ser ficar constante? Chego a uma conlcu~são de que não sei.
Todos erramos. O erro é fundamental.O erro, segundo lí em um artigo, é um vício no processo de formação da vontade, em forma de noção falsa ou imperfeita sobre alguma coisa ou alguma pessoa.
Às vezes formamos noções para as quais não há correspondeste na realidade material, é desta forma que surgem noções falsas sobre coisas que não existem na natureza, ao meu redor, ao nosso redor. Então passamos a acreditar em verdades. Mas, que é verdade? ...Verdade é aquilo que podemos experimentar pelos sentidos.Nossas verdades nos fazem agir de determinadas maneiras, nos fazem traçar metas diárias.Nossas metas são determinadas por nossas sensações, conforme explica Hume.
Mas como encontrar essa verdade? Quem busca a verdade,conforme explica um filosofo grego, Parmênides, tem que escolher entre dois caminhos:
Se seguimos o caminho dos sentidos, somos levados à aparência e à ilusão. A única forma de atingir a verdade é examinando todas as coisas com a força do pensamento. Somente o pensamento pode atingir o que é eterno.
o filósofo vai afirmar que existem dois mundos: um é o mundo que conhecemos através dos sentidos, onde vivem os corpos que nascem e morrem. Outro é o mundo que somente pode ser conhecido seguindo a via do pensamento, da alma, o mundo das idéias, onde o que existe são modelos da verdade.
Todas as coisas que percebemos no mundo em que vivemos, nada mais são do que cópias mal feitas das idéias, que são perfeitas e eternas.
Os gregos acreditavam que a alma precisava do corpo tanto quanto o corpo precisava da alma. Um não viveria sem o outro. Com Sócrates e Platão, no entanto, o corpo torna-se um túmulo que aprisiona a alma e a impede de pensar e atingir a verdade.
Mesmo ainda hoje em nossa vida cotidiana, é comum a gente acreditar que as sensações são traiçoeiras e que só devemos confiar na razão.
Finalizando esse pensamento sobre os filósofos gregos: não a opinião nem as sensações devem ser seguidas, mas o pensamento e a razão, porque somente eles podem nos conduzir ao bem e à verdade.
Nossos comportamentos são determinados por nossos desejos e paixões. Para ele, a razão é escrava das paixões.Um perigo que a filosofia de Hume aponta é o das conclusões precipitadas. Devemos assumir que não conhecemos realmente nada. Não sabemos nada. Todo conhecimento provém dos sentidos, das sensações e não passam de impressões. Por isso não podemos ter certeza de absolutamente nada.
Se jamais teremos um conhecimento certo e definitivo, toda certeza que podemos ter é a probabilidade.
Enquanto escrevo essas referências de Hume, Platão, Parmênides, assisto o filme Cazuza - O tempo não Pára. E ele, nesse exato momento, cita uma frase muito linda, que finaliza o filme.
Ele fala sobre o amor. E cita:
"O amor é o rídiculo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela.
Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve como borboletas que só vivem 24 horas.
Morrer não dói!".
Nenhum comentário:
Postar um comentário